Caros Anónimos!
Eu tenho consciência de que sou uma chata com Bolonha e confirmo que vou continuar a sê-lo. Dado que estou, em parte, envolvida neste processo, necessito de todos os vossos comentários ao que coloco neste blog. Mesmo que não estejam de acordo comigo e eu não concorde com as vossas opiniões, tudo o que referem tem sempre algo de construtivo. É essencial para mim que continuem a comentar as minhas postagens, para manter a "fogueira a arder".
Para ti (e não você quem quer que seja) caro último Anónimo, dá-me prazer responder-lhe. Não posso beber Red Bull, pois, se já sou chata com o que escrevo, ainda mais seria com tal bebida. Fico eléctrica e ninguém me atura!
Quanto ao Curso de Antropologia, afirmo que estou a tirar prazer do que estou a aprender, mas Maravilhas são Calendulas officinalis, flores amarelas adstringentes utilizadas na medicina. Como são também as palavras e o conteúdo do livro do Pierre Clastres Chronicle of the Guayaki Indians, traduzido pelo Paul Auster, que estou a ler no momento. Aproveito para agradecer ao colega que me emprestou o livro para fotocopiar e que afirmou "maravilhas" do seu conteúdo, pois é realmente algo de excepcionalmente bem escrito e bem relatado, com o qual nos envolvemos e nos tornamos parte.
Este é um exemplo do que considero admirável neste Curso - chama-me à atenção para a diversidade das culturas humanas e fornece-me como ferramenta a capacidade de saber pesquisar e satisfazer a minha curiosidade (sou altamente curiosa quanto à complexidade da Humanidade, pois acho que "Estes Humanos são loucos!"). Talvez por isso mesmo, considero que o que me encanta não é o que aprendo neste Curso, mas sim o que poderei aprender fora deste, através da aplicação quotidiana das capacidades acima referidas.
Na minha opinião, o Curso de Antropologia não serve para me ensinar directamente seja o que for e a sua utilidade reside na possibilidade de me preparar para uma aprendizagem que perdurará enquanto a minha curiosidade não estiver satisfeita (felizmente a curiosidade humana nunca se satisfaz!). Esta é que é, para mim, a maravilha de qualquer forma de ensino.
Eis a minha curiosidade a perguntar qual é a vossa opinião quanto ao exposto?
3 Comments:
Pura metafisica
Olha Ana, há vida para além de Bolonha, isso é verdade. E sao os alunos os principais responsáveis pela domesticação do monstro.
Quanto à antropologia, ela nunca quis ensinar nada a ng mas apenas permitir que as pessoas aprendessem e que tivessem prazer nisso. Talvez se possa ser nazi e doutorado em qualquer ciência, mas é impossível ser nazi e antropólogo. E vamos com calma, afinal a Ana ainda é uma caloira - com todas as coisas boas que isso traz - nesse curso e decerto ainda vai descobrir muito mais com que se maravilhar.
Deixo-a com um dito que um ex-colega e grande aluno desse curso me dizia muitas vezes: "quem só sabe de antropologia não sabe nada de antropologia". E, tendo isso em conta,a Ana tem tudo para vir ser uma excelente antropóloga. Vamos com calma, porque a indignação pode tornar-se raiva e, por isso, uma cegueira. E um antropólogo quer-se com olhos bem abertos.
Olá Ana, ando desesperada pois não consigo obter a informação que desejo.
Tenho um nome Tyler(Taylor??)e um título incompleto " Inventing Primitive" já fiz todas as pesquisas possíveis no google mas não consigo obter informação. Penso que este livro e este senhor são da antropologia clássica.
Se a Ana me puder auxiliar fico muito grata. Sobre Bolonha não posso dar opinião pois estou fora do sistema mas visto ao longe não parece uma opção eficaz e o argumento de agilizar o meio académico é uma faca que corta de ambos os lados. Mas neste momento estou obcecada com este livro e este antropólogo fantasma.
Será que me pode ajudar?
obrigada
Post a Comment
<< Home