Já não me sinto abandonada!
Afinal não sou a única revoltada com Bolonha e que considera este um Processo "Bologuês" ou "Portunha". Quem pesquisa frequentemente na net assuntos relacionados com este tema, descobre que existem milhares, senão milhões, de pessoas indignadas com o desenvolvimento deste processo nos seus países.
No site http://www.euractiv.com/en/education/students-denounce-a-la-carte-implementation-bologna-process/article-163846 ressalta à vista o que acima referi.
Numa conferência realizada nos dias 17 e 18 de Maio de 2007, e que deu origem ao artigo do link supra, as associações de estudantes referiram que os governos dos países Europeus estão a implementar as reformas que apenas lhes interessam. Outras dimensões de Bolonha, como a social, não estão a ser levadas em conta e não são executadas.
É também referida a necessidade de uma maior autonomia das universidades, pois só assim será possível a estas decidirem como melhor se adaptarem e implementarem Bolonha. Neste campo, inclui-se a actual alteração do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, que irá permitir que cada instituição crie os seus próprios regulamentos e não esteja dependente de uma ou várias leis gerais.
Aparentemente esta parece uma boa medida. No entanto e novamente, eis uma aplicação de uma reforma que apenas satisfaz os governos, pois nem os discentes, docentes e não docentes foram ouvidos.
Esta autonomia, que vem na continuação da implementação de Bolonha e é essencial para o desenvolvimento deste processo, parece está a ser desenvolvida apenas tendo em vista os benefícios económicos que irá trazer a quem governar este país. Assim, se reduz um défice! E, um processo que refere a importância da acção e responsabilização de todos os que pertencem e frequentam as universidades, como é apenas uma recomendação e não é lei, logo não é obrigatório. Ou seja, o que está escrito em papel é apenas teoria, pois todos os indícios mostram não estar a ser aplicado na prática.
Quanto mais procuro informações na net, mais me revolto. Mais comprovo como um processo que tende a criar uma normalização no ensino europeu, pode por si só criar grandes discrepâncias sociais, porque a sua implementação não está a ser levada a sério.
Ficarei a aguardar a próxima Conferência de Ministros Responsáveis pelo Ensino Superior, a realizar em 2009, para constatar junto da ESU (Associação Europeia de Estudantes) o desenvolvimento de todo este processo nos vários países que assinaram Bolonha.
2 Comments:
Pessoalmente não tenho uma opinião formada e totalmente consciente face a bolonha... no entanto tenho uma espécie de premunição sobre o que espera o sistema educativo e os seus beneficiarios nos tempos que aí vêm. um dos pontos fundamentais é a questão do excesso de trbabalho dado aos alunos e os fantásticos bonus que as universidades iraõ receber (agora com as propinas mais caras) na data de anos que os alunos terão de acrescentar aos inicialmente prometidos 3 anos de curso. obviamente que a questão do excesso de trabalho terá na maioria dos casos a ver com a ausencia de método de estudo por parte dos alunos, mas mais uma vez a culpa não é deles, mas sim do sistema qeu pré-existe o ensino universitário, se há duvidas, basta compará-lo com o dos regimes de leste... algo qeu só me lembra uma senhora de um desses países em os"lisboetas" falando com uma amiga a quem dizia que cá era tudo bom, menos o ensino que era muito mau e muito facil. Como se não bastasse parece qeu bolonha vai contribuir para a diminuição do emprego(o que é fantástico para os governos que enfiam o país na fossa), isto porque aqueles que estão a estudar no regime bolonha mal terão tempo de preparar a próxima aula não trabalhando, quanto mais se o estiverem a fazer.
Para além de tudo isto o que é verdadeiramente preocupante na minha opinião é aquilo que fica por tratar , aquilo que fica por resolver, o grau de exigencia que não aumenta nos graus pré-universitários, o total desleixe dos professores face a um regime que os pune em vez de lhes conferir mais autoridade, a baixa escandalosa das medias dos cursos face ao natural decréscimo da população jovem e á constante necessidade dos governos diminuirem o desemprego e aumentarem as despesas do agregado famíliar.
depois temoos aínda a quase ausencia de cursos técnicos (que ao que parece começam a aparecer.. um pouco tarde talvez numa altura em qeu a terciarização e o turismo são das poucas "industrias" lucrativas no portugal do século XXI). Como se não bastasse temos aínda um problema cultural que se estende ao economico. em portugal existe a clara ideia que parasita o senso comum de que quem não tira um curso universitário é um zé ninguém que nunca fará nada da vida e qeu será um desgraçado sem prstigio: resultados: 1) alunos a mais no ensino superior, muitos deles a fazer o gosto aos pais e a consumir recursos. 2)o reflexo desse desprestígio instituido nos salários auferidos que reflecte disparidades impares na UE entre os altos postos de gestão e prestígio e os da classe trabalhadora.
Caríssima ana canhoto poucas ou quase nunca vi um post seu de maravilha ou encanto com o que aprendeu.Encravou em Bolonha e daí não sai.Beba um bocadinho de Red Bull a ver se começa a ter um bpcadinho mais de imaginação...
Com a Ana as coisas só são tangíveis.Que seca.
Preocupe-se com o tacho, vaá lá, mas tambem com aquilo com que o taccho pode vir a servir:Cozinahr, a comida!
Não me leve a mal que como delegada de turma tem feito um exelente trabalho.
Olhe, apeteceu-me ficar anónimo e normalmente nunca nos tratamos por você.
Boas férias
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