Ser “obrigada” a ler jornais ingleses tem dado resultados interessantes. As publicações sobre questões mundiais têm-me despertado a atenção, principalmente no que concerne à problemática energética.
Sou anti-discurso anti-globalização, pois este fenómeno não é, a meu ver, o culpado de tudo o que acontece no mundo, razão pela qual achei interessantíssima uma notícia publicada hoje no Green Central – Timesonline sobre o fim deste “monstro”.
Consta da mesma que a era da globalização terá chegado ao fim com a crise energética. Segundo Matt Simmons, consultor de uma empresa de Houston, estamos perante o início do declínio da produção de petróleo e a emergência de economias regionais baseadas na produção local de bens e serviços.
Obviamente, e tal como o artigo refere, esta é uma posição polémica, pois nunca se descobriu tanto petróleo como nos últimos tempos. Imaginava-se que esta energia serviria apenas por mais 20 ou 30 anos, contudo com as novas descobertas irá durar mais de 100 anos. Razão que me leva a questionar qual o objectivo desta especulação desenfreada.
Não concordo quanto ao fim da globalização, pois não vislumbro o retrocesso deste processo, pois a circulação de bens e pessoas atingiu uma dimensão tal que considero que as sociedades já não se vêem de fronteiras fechadas.
Mas há um facto em estou de acordo com Matt Simmons: estamos a viver numa sociedade insustentável e se nada fizermos acabaremos em guerra. E a questão que levanto é: não será esse o objectivo?
O que a História nos conta é que os resultados das guerra têm sido mais positivos que negativos para as economias dominantes. O crescimento que estas provocam acaba, de certa forma, por abafar a mortalidade. Bem como, fomentam uma redução na população mundial.
Numa época em que o domínio do social está em decadência e prevalece o económico, não será este capitalismo caótico um agente fomentador de uma guerra de larga escala?
Espero estar totalmente equivocada.
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