Vamos negociar a Museologia Etnográfica!
Dizem que vivemos numa democracia representativa, ou seja, num sistema onde os cidadãos escolhem, por meio da votação em eleições , os representantes para defender os seus interesses.
Hum! Não me lembro de haver votação, mas a realidade é que fui escolhida para representar os alunos como Delegada de turma! Já no Conselho Pedagógico, admito! Candidatei-me às eleições e fui eleita!
Agora, há que fazer uso deste tal sistema político chamado democracia!
Pois bem, dia 18 de Outubro p.p., pelas 12h00, vai ser realizada uma reunião de Conselho de Ano, na qual terei de negociar a avaliação para este semestre. Ou seja, as datas dos ensaios finais e tudo o que possa envolver este sistema avaliativo que Bolonha obrigou a implantar (realmente, não me consegui libertar da reificação! Ultrapassa-me!).
Quem tem Museologia Etnográfica como optativa, se assistiu à aula de 8 de Outubro p.p., deve-se ter apercebido que é necessário chegar à acordo com a Prof.ª Nélia quanto à avaliação. Pois, os docentes estão a fazer um "bicho de sete cabeças" do novo Regulamento de Conhecimentos e Competências, considerando uma recomendação como uma obrigação - a presença nas aulas.
Na minha opinião existe falta de conhecimento geral sobre a legislação portuguesa, pois diz o Código do Trabalho no seu n.º 2 do artº 155 que: «O trabalhador-estudante não está sujeito a qualquer disposição legal que faça depender o aproveitamento escolar de frequência de número mínimo de aulas por disciplina». Mais claro e conciso não é possível!
Mas, consideram os docentes, com receio das regras impostas por Bolonha, que existe a obrigação de frequência de aulas! Se têm medo, comprem um cão! Porque nenhum regulamento interno a uma instituição pode se sobrepor a uma legislação nacional.
Bem, foi apenas um desabafo!
Continuemos com a questão de Museologia...
A Prof.ª Nélia propôs como avaliação:
Relatório de visita ao Museu de Arte Antiga, a entregar até 5 de Novembro (valerá 15% da nota final);
Visita ao Museu Berardo no dia 16 de Novembro às 18h30
ou, para quem não poderá estar presente...
1 Ficha de Leitura de um texto que irá distribuir
Ensaio Final sobre um museu, uma exposição ou trabalho teórico sobre 1 tema retratado em aulas, para entregar até 17 de Dezembro (7 páginas).
O que acham? Como vossa representante, preciso de conhecer a vontade do "povo"!
5 Comments:
É verdade que o Código do Trabalho no seu n.º 2 do artº 155 afirma que: «O trabalhador-estudante não está sujeito a qualquer disposição legal que faça depender o aproveitamento escolar de frequência de número mínimo de aulas por disciplina». No entanto temos todos massa cinzenta suficiente para entender que esta disposição não pode ser tomada à letra para todos os graus de ensino e para todos os tipos de formação. Podia dar aqui centos de exemplos que demonstrariam quão idiota é este pressuposto se for universalizado. Mas o problema fundamental que aqui vejo é que existem pessoas que, quando lhes convém, recorrem à interpretação mais pragmática da lei, mas outras vezes são as primeiras a condenar o normativo jurídico em toda a sua extensão.
Coerência, senhoras e senhores! Precisa-se com urgência! Para que as palavras sejam consequentes e não suportes de demagogia.
Tenhamos humildade para ouvir e compreender os outros antes que a nossa arrogância e egocentrismo escave trincheiras.
Não é possível construir nada de válido em crispação permanente, ao estilo bolchevique. Já está mais que provado.
Quem sabe ler, lê no citado artigo da Lei que não existe qualquer referência a grau de ensino!Onde é que está escrito a aplicação a graus de ensino específicos?
Estão bem à vista os resultados da humildade à portuguesa! É só abrir os olhos e estão bem à vista e «está mais que provado» os resultados da "compreensão"!
Espero nunca necessitar de ser operada por um cirurgião que nunca tenha ido às aulas, por ter sido trabalhador-estudante...
Mas os meninos vão para a faculdade para aprender ou para comprar um diploma a qualquer custo? Qual o vosso objectivo? Obter mais prestígio social com o título académico ou arranjar uma sinecura na função pública? É bem verdade que se é igualmente dr. com 9,5 ou com 20 valores, mas onde pensam chegar sem saberem nada? Vão engrossar as fileiras de licenciados desempregados contestatários que a única coisa que têm para oferecer ao empregador é um título académico tirado "à sucapa"?
Para que serve a Universidade? Para que servem os cursos? Pensem nisto antes de se meterem nas "megalomanias" (sic) de frequentarem um curso superior.
olá Ana!
Eu assiti á aula do dia 8 e o que entendi foi o seguinte: por alguns alunos não conseguirem ter uma presença frequente nas aulas ( até pela questão da sobreposição das cadeiras optativas) a prof. Nélia sugerio que a percentagem de avaliação correspondente á presença fosse atribuida a um trabalho, o relatório da visita ao Museu Berardo.
Para quem pode ir ás aulas todas, como é o meu caso, isto não seria muito justo, então ficou no ar que quem pode ir ás aulas tudo bem (fica igual) quem não pode, teria então a oportunidade de ser avaliado através do relatório.
Foi o que entendi.
E já agora voto na segunda hipotese, a de adequar a avaliação a cada caso.....
o que acham vocês ?????
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